sábado, 16 de abril de 2011

OS SONHOS QUE DEIXARA DE SONHAR


Caminhava por entre ruas, e não havia ninguém além de mim...
Uma chuva fria e fina caía nesse entardecer, folhas espalhadas pelo chão davam a sensação de solidão e abandono.
 Havia muitas casas e todas igualmente brancas, porém uma resplandeceu em meu olhar.
Ao aproximar-me notei a porta entre aberta, me sobreveio uma vontade enorme de entrar, hesitei, não sei precisar por quanto tempo, mas hesitei

"Muitas vezes em nossas vidas andamos por caminhos desconhecidos, onde tudo nos parece igual e por vezes deserto e quando vemos uma oportunidade resplandecer a nossa frente até nos aproximamos, porém hesitamos e não nos entregamos ao novo"

Após hesitar alguns instantes, me deixei levar e entrei. Tudo parecia belo e cheio de vida, aconchegante e terno.
Como ninguém alí havia me contive em dar o próximo passo e romper ambiente à dentro.
Olhei pela janela e a chuva fina e fria dera espaço a um sol límpido, e uma brisa fresca soprava lá fora, um desejo enorme de sair veio sobre mim.

"Quantas vezes ao nos darmos oportunidades na vida ao vivê-las, por mais que tudo pareça belo, olhamos ao redor e algo ou alguém nos falta e então é o suficiente para questionarmos o brilho daquilo que estamos vivendo. E o outro lado parece ser sempre o melhor lugar para se estar"

Resolví permanecer alí e prosseguí... Em outro ambiente vislumbrei um grande e precioso quadro como uma linda paisagem, por alguns instantes a contemplei e ao me aproximar um pouco mais e penetrando meu olhos na imagem notei que entre a paisagem havia o desenho de uma moça entre lágrimas e seu chorar parecia tão profundo que penetrou em mim, como se eu pudesse tocar em sua tristeza.

"Por vezes mesmo vivendo algo especial, emoldurado por grande alegria e beleza que nos envolve, notamos que em algum lugar dentro de nós há algo escondido e que ao ser penetrado nos causa dor e tristeza e traz à tona sentimentos ruíns"

Ao me virar e perceber o restante do ambiente avistei uma mesa e nela uma folha de papel com algo escrito, ao me aproximar, uma sensação enorme de que o que alí estava escrito era direcionado a mim, e então eu lí: 
Dizia assim:  _ Esperei por tanto tempo por ti. Tanto que poderia ter contado todas as estrelas do céu, mas o tempo da espera foi angustiante, sua ausência sufocou-me e ao me dar conta de que não virías, partí...
Não me espere, não voltarei. Ainda pode me encontrar, mas agora somente dentro de você e em nenhum outro lugar.

E assim assinava: Os sonhos que um dia foram seus, mas que por algum motivo deixara de sonhar...

Um comentário:

  1. Eu sou fã desse tipo de textos cheio de 4as e 5as intenções. Nada é por acaso. Isso mesmo!

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