O
universo criado no caos
Na
explosão gerou-se a vida
Das
trevas nasceu a luz
Do
nada o tudo se fez
Da
noite se fez o dia
Dualidades
possíveis
A
criação feita do que não tinha vida.
E
a vida que começou com a morte
Um
casulo em metamorfose
A
majestosa borboleta que larva foi outrora
Esperanças
duais
Sonhos
que se realizam
Realidades
não sonhadas
Uma
vida inteira de expectativas
Expectativas
que não viemos a ter
Dualidades
vividas
Um
tornado em alto mar, nada causa além de agitar as águas
Em
terra destrói tudo ao redor
Casualidades
remotas e acasos constantes
Dualidades
possíveis, possibilidades duais
O
ser, que não é
O
que é, e nunca quis ser
O
sol sempre a nascer, ainda que ninguém o perceba,
E
a lua tímida centena de
vezes menor que o sol não
tem tem como não ser percebida
Dualidades...
De
tudo que temos nada se levará
Do
nada que somos, cabe o mundo inteiro dentro de nós
Do
pó da terra que fomos criado
Do
pó da terra que nos tornaremos
Dualidades
do Criador
Dualidades
de quem ousou ser mais de um
Dualidades
de quem amou o mundo, sem ao mundo pertencer
Dualidades
que nos fez
Dualidades
que somos nós...