CINEMA

AS CINCO PESSOAS QUE VOCÊ ENCONTRA NO CÉU



As cinco pessoas que você encontra no céu (2004) é um daqueles filmes raros, que nos permitem inúmeras reflexões sobre a vida. Singelo e profundo.
Não é um filme que retrata a vida eterna na visão cristã, mas possibilitando reflexões sobre a vida no aqui e agora.
Eddie (John Voight) teve uma vida, aos seus olhos, medíocre marcada pela guerra, com uma educação rígida e trabalho árduo.
Sonhava em ter uma vida longe de onde cresceu e por uma série de razões seguiu a profissão do pai e sem nunca ter saído de onde nasceu.
Operário da manutenção de um parque de diversões Eddie, já idoso, ao tentar salvar uma garotinha de um acidente com um dos brinquedos do parque acaba morrendo e, ao chegar ao céu, se depara com a insignificância da sua vida.
Porém, 5 pessoas, sendo 3 delas estranhas e outras 2 conhecidas, irão mostrar o quanto a vida de Eddie não foi em vão. Tais personagens relatam que a vida de Eddie teve uma fundamental importância em suas próprias vidas, sem que Eddie imaginasse ter participado da vida de tais pessoas.
O filme mostra que apesar de às vezes parecer que nossas vidas estão imersas no acaso temos um destino traçado, na qual as vidas das pessoas estão definidas e interligadas. E que nossas decisões por mais simples que seja pode afetar profundamente a vida de outras pessoas.
Eddie precisou morrer para ver que sua vida teve sentido, e que diretamente deu sentido a vida de outras pessoas.
A idéia existencialista do filósofo Sartre é um aspecto evidente no filme: o fato de que as escolhas que fazemos na vida influencia a vida de outras pessoas, e que nós também somos influenciados por elas. Brilhante, tocante e imperdível.




EM BUSCA DA TERRA DO NUNCA


Em Busca da Terra do Nunca, filme de Marc Foster  conta a história de como a obra de J.M. Barrie “Peter Pan” foi escrita, como sua mente funcionava em um mundo fantasiosamente cativanteBuscando novas idéias, o escritor (Jonny Deep) passa algumas tardes nos jardins de Kensington, em Londres, onde conhece Sylvia (Kate Winslet) e seus quatro filhos, que vivem sozinhos após o recente falecimento do pai. Eles abrem as portas da imaginação de Barrie, que encontra em seus novos companheiros a inspiração necessária para criar uma das maiores obras-primas infantis de todos os tempos.O filme baseia toda a sua magia com boas seqüências de fantasia em um drama completamente humano e comoventeSomos transportados para dentro de cada uma das fantasias, como se estivéssemos brincando junto com os personagens e nos mostra que ainda tem uma criança escondida dentro de nósDestaque para o menino que interpreta Peter. Ele tem dificuldades para entrar no mundo imaginário de Barrie, por ter o pé no chão quanto a realidade que o rodeia e sentir como ninguém a morte do pai. Não é uma criança comum, maduro demais para sua idade. Sua seqüência final, particularmente, leva as lágrimas. A cena que os transporta a Terra do Nunca é primorosa, tocante e emotiva. Enfim, um filme para refletirmos no adulto que somos e a criança que fomos


CISNE NEGRO (Black Swan, 2010)



A bailaria Nina Sayers (Natalie Portman) é movida exclusivamente pelo desejo de superação, por tornar-se a "prima ballerina" da companhia de Thomas Leroy (Vincent Cassel). Nina busca a perfeição, porém, sente o tempo todo incapaz de ser perfeita, embora empregue todo seu tempo e energia na tentativa de sê-lo.
O cineasta Aronofsky usa essa superação dos limites físicos e barreiras psicológicas de maneira literal. Nina está sufocando, nós vamos juntos ao longo do filme, ela apresenta sinais de distúrbios alimentares, autoflagelação e delírios, exibindo uma personalidade controladora, tensa e instável.
Natalie Portman se entrega física e emocionalmente ao personagem, de tal forma que nos oferece uma sensação incomodamente intensa de que Nina é real.
Certamente um dos melhores filmes dos últimos anos.




TROIS COULERS - A Trilogia das Cores




polonês Krzysztof Kieslowski deixou o mundo a seus pés com um projeto ambicioso e absolutamente simples. A "Trilogia das Cores" surgiu nos anos 90 como um grito quase silencioso de que ainda havia lugar para a poesia, a beleza e a emoção no cinema. Dominada pelo frenético e muitas vezes descartável cinema americano, a década de 90 experimentou um novo modelo que não só reabilitou o cinema europeu mas também provou que o realismo, o drama humano e a sensibilidade do artista ainda podiam falar mais alto do que filmes baseados em orçamentos milionários e tecnologia. Inspirada não só nas cores da bandeira da França, mas também nos lemas da Revolução Francesa, a trilogia podia ser vista como um ensaio, um reflexo da visão pessoal do cineasta polonês com relação aos processos da unificação européia da época, tanto econômica quanto política. Por isso, deve ser vista como uma peça em três atos aparentemente distintos mas que se complementam no fim, os três filmes apresentam personagens que protagonizam cada um dos filmes individualmente, mas interagem ao longo da trilogia, até o final arrebatador, em que serão reunidos por conta de uma tragédia com implicações simbólicas e até mesmo como metáfora da situação política da Europa refletida pela ótica do próprio Kieslowski.


                                       BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇA





Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças é uma grande reflexão sobre as escolhas e destinos da vida. É exatamente por essa linha que Charlie Kaufman trabalha o roteiro do filme. Jim Carrey interpreta Joel que depois de descobrir que sua ex-namorada Clementine (Kate Winslet) havia realizado um tratamento para apagar as lembranças de seu conturbado relacionamento, Joel Barish decide se submeter ao mesmo processo. Mas enquanto suas memórias vão sendo apagadas, percebe que pior do que passar pela dor da separação seria esquecer todas as boas lembranças. E a partir daí ele vai travar uma batalha épica dentro de sua mente para não deixar que Clementine seja irremediavelmente apagada. E boa parte do filme se passa dentro da mente de Joel, a narrativa, no entanto, não é linear, e o filme não é nada fácil de se entender e muito menos de se assistir. Realmente um filme para se prestar atenção aos detalhes. A peculiaridade de Charlie Kauffman, que se torna nítida nesse filme, é ser capaz de fazer o absurdo parecer natural de uma forma única e incrivelmente doce. 




SILÊNCIO DOS INOCENTES




Desde o princípio o filme mostra uma magistral personificação da obra de Thomas Harris. Além disso, destaca-se a genial performance de Anthony Hopkins como Lecter dando vida a um dos melhores personagens da História do cinema, e Jodie Foster também magistral como Starling, em uma atuação impecável.

Silêncio dos Inocentes é o melhor e mais intrigante suspense da história do cinema, somado ao mais cruel, sádico, louco e genial vilão de todos os tempos. um dos maiores clássicos do suspense. O Dr. Lecter consegue, mesmo sendo um macabro vilão, atrair a simpatia de quem assiste.

Um filme que envolve o espectador, sendo tenso, pesado e genioso. Violento na medida certa, mostra o caráter de Lecter, A cena da fuga de Lecter, é brilhantemente genial.
O suspense que faria Hitchcock bater palmas mereceu todos os prêmios que ganhou.






EFEITO BORBOLETA




Efeito borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.

Isso nos mostra que a história ao ser modificada, pode trazer consequencias, ou seja, atos individuais podem modificar o rumo dos acontecimentos e resultar em eventos completamente diversos."Efeito Borboleta" conta-nos a história de Evan (Kutcher), que quando garoto sofria de lapsos de memória e ao se torna rapaz ve-se com a incrível capacidade de retornar no tempo,  e recuperar as memórias perdidas. Através de suas memórias recuperadas vê-se enredado nas infindáveis possibilidades e alternativas de tornar diferente sua existência, caso altere algum dos aspectos de sua vida.
Uma narrativa inteligente e muito bem estruturado “Efeito Borboleta é um convite à reflexão. E mais do que refletir em como seriam nossas vidas cas nossas decisões fossem diferentes, "Efeito Borboleta" nos faz cogitar se a liberdade de decidir os rumos de nossa existência nos faria mais felizes ou perderíamos o rumo do nosso destino.
O fato é que o filme causa perplexidade e reflexão sobre o quanto nossas decisões podem afetar não só os nossos destinos como também ao próximo. 




PARIS JE T 'AIME




Paris Je t’aime é uma declaracão de amor a Paris, por 20 olhares diferentes. Com a pluralidade da direção que abriga entre outros, diretores como Gus van Sant, Wes Craven, Tom Tykwer, Alfonso Cuarón, Walter Salles, Daniella Thomas, Ethan/Joel Cohen e Gérard Depardieu que oferecem histórias diferentes, girando em torno de dois temas básicos; O amor e a intolerância.

Vinte histórias de amor situadas na `Cidade do Amor`, Paris. Um filme sobre a pluralidade do cinema, em que vinte cineastas trazem seus toques pessoais, enfatizando a ampla variedade de estilos, gêneros, encontros e várias atmosferas e estilos de vida que prevalecem nas vizinhanças da capital francesa.
Curtas de alta qualidade perfeitamente unidos, com shows de interpretações de nomes como Juliette Binoche, Nick Nolte, Natalie Potman, Elijah Wood entre outros. Sensível e emocionante a cada história, e com essa variedade de talentos torna Paris Je t`aime um filme imperdivel.




CINEMA PARADISO




Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso-1988) Uma obra de arte do cinema italiano, considerado um dos melhores filmes da história pela critica cinematográfica. Cinema Paradiso é de uma sensibilidade e delicadeza ímpar ao contar a historia de Totó um garoto que vive num vilarejo no interior da Itália, durante a Segunda Guerra. Sua principal diversão é passar as tardes no Cinema Paradiso, fazendo companhia ao projecionista Alfredo, que o ensina a amar a Sétima Arte. Uma das coisas mais belas que a vida nos traz são as amizades que conseguimos ao longo dela, desde que elas sejam verdadeiras. Isso é o que mostra o diretor Giuseppe Tornatore, de Cinema Paradiso.



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