terça-feira, 2 de maio de 2023

AS CORES DO OUTONO DESENHARAM MEUS CAMINHOS




O outono chega e as folhas mudam de cor e caem ao primeiro vento, poupando sua essência vital e adquirir força suficiente para passar o Inverno.

O outono é o tempo a envelhecer, tempo de  abrir mão para seguir firme para os próximos ciclos, e continuar a crescer.

É a estação da transição, de mudanças rápidas do tempo, é também tempo do amadurecimento dos frutos.

É tempo de arar, adubar, podar e preparar a terra para novas semeaduras.


A natureza segue seu ciclo de transformação e se ajusta as mudanças.

Assim como é na natureza, também acontece dentro de nós.

Temos necessidade de um tempo para nos recolher, olhar pra dentro e nos avaliarmos.

É o tempo de deixar ir o que não nos faz bem, para que nossas forças possam gestar novos tempos e novas estações.

É o momento de movimentos de partida, de nos livrarmos de sentimentos antigos e de situações que nos fizeram sofrer.


No outono, a natureza está em um ritmo mais leve e desacelerado.

É o momento de economizar energia, emoções e pensamentos, de livre-se da sobrecarga e reduzir o ritmo, observar a vida, num processo ordenado e sublime.

Nossa existência é transitória como as nuvens do outono.

Que o outono faça comigo o que ele faz com a folhas, leve o que não cabe mais para dar espaço ao novo.


Busco, no outono, me apaixonar pelas raízes, pois quando não houver flores que eu saiba que as folhas secas, esparramadas pelo chão, serão levadas pelo vento.

E o jardim ensolarado, dentro de mim, anunciará o tempo colher flores. 


De estação em estação, como na natureza, aprendi, em mim, a obedecer meus ciclos

Hoje sei como voltar: as cores do meu outono desenharam meus caminhos.

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