Busquei nas imperfeições algo que me faria ir pelo caminho certo, me encontrar.
A distância me fez enxergar além, aprendi enquanto eu ia, levei comigo a saudade.
Entendi que as palavras dizem demais, e que o silêncio, muitas vezes, é a melhor resposta.
Os ventos fortes me levaram para longe;
Os muitos ventos me guiaram;
Aprendi tudo com a ventania.
Compreendi que alma do outro, é outro universo e cheio de barulhos.
Ser presença é ser gestos, ser suficientes palavras, e o resto: silêncio.
Muitos caminhos encontrei
Em todos eles eu me perdi.
Aprendi caminhando, que o andar transforma o andarilho.
Enquanto caminhava meditei:
Fomos feitos senão para os pequenos silêncios: o do coração, o dos pensamentos, o dos sonhos e dos olhares profundos, esses são os silêncios que mais nos falam e os que menos ouvimos.
Minha alma suspirou palavras, eu as compreendi.
Eu as soprava ao vento, ninguém melhor para entende-las.
Eu colocava nelas sentido e valor.
Me dei conta que fui em busca das palavras e respostas e voltei com uma bagagem cheia de silêncios e sentidos.