quinta-feira, 12 de novembro de 2020

DIAS COMUNS



Era uma tarde sem sol, sem som, sem luz. 
Era uma tarde qualquer, pessoas passando, lugares comuns. 
Um livro, um café, um canto. 
Um encanto, uma poesia, um encontro.
 
Percebi que algumas ausências, já não se fazem presente aqui dentro.
Pois já não sou mais quem eu era, meus passos me mudaram.
Pessoas deixaram de ser quem eu as idealizava, para ser simplesmente elas.
 
Tudo aconteceu num dia comum, de pensamentos profundos.
Dias felizes e repletos de paz.
Dias de sorrisos sinceros e flores na alma, com lembranças do que importa e com a certeza de que a gente é capaz de ser feliz.
 
Das ausências, saudades brandas.
Do que passou, lembranças.
No coração nada ruim foi guardado, apenas colocado em outro lugar
Não para relembrar, mas para não mais se perder.
 
De repente, a gente enxerga felicidade nas coisas miudinhas: no caminhar do velhinho, no canto de pássaro, no cheiro na terra, no som da chuva, no riso de criança, nas cores das flores.
De repente a gente aprende que ser feliz é simples.
O aprendizado pode ser doloroso, mas num dia comum, você descobre que as ausências já não doem mais.

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