Na vida nada é simples ou absoluto e o
fluir silencioso das águas do rio tempo é água corrida que não
volta.
O rio por onde a vida passa, leva
consigo águas turvas... e trás águas límpidas onde posso navegar
novamente por águas tranquilas. Porém preciso navegá-las agora...
Se tiver de ser, que seja eternamente
agora. Ou talvez jamais será, porque as águas do rio tempo não
voltam – e ainda que voltassem não nos encontrariam, pois não
seríamos mais os mesmos.
Tudo flui, tudo passa e como as águas
se transformam em rios e vão encontrar o mar, assim nos
transformamos quando vamos de encontro as novas águas do tempo.
O avesso dos ponteiros nos mostra que a
vida é breve... Desistir é o avesso de seguir em frente, de
caminhar ainda que a estrada seja longa.
A vida é um caminho de curvas sinuosas
e estradas livres, mas de tão imensamente proporcional ao meu
tamanho, cabe em minha mão toda a dimensão da vida...
Cabe em minhas mãos porque me faço
grande, sou do tamanho que me enxergo por entre as estradas sa vida.
Sou do tamanho dos meus sonhos.
Os sonhos me fazem ter asas para a
imensidão que desejo voar. Sobre as asas do tempo vai se embora a
dor, a tristeza e as feridas. E ao soprar dos ventos nas asas do
tempo seinto a brisa leve do novo, das possibilidades e do espaço
infinito a minha frente, porque a esperança tem asas e faz a minha
alma voar, buscar sonhos perdidos que eu não esperava mais achar.
E quando tudo parecer frio e deserto
fugirei para um abrigo quente e seguro, onde só eu poderia me levar.
Levo-me ao meu coração, pois lá habita a minha essência, as águas
cristalinas,onde planejo as navegações por mares onde desejo
navegar, passeio por estradas onde meus sonhos insistem em andar e
vôo por céus onde busco a paz e a mim mesma eu posso encontrar.
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