sábado, 7 de setembro de 2013

O AVESSO DOS PONTEIROS



Na vida nada é simples ou absoluto e o fluir silencioso das águas do rio tempo é água corrida que não volta.
O rio por onde a vida passa, leva consigo águas turvas... e trás águas límpidas onde posso navegar novamente por águas tranquilas. Porém preciso navegá-las agora...
Se tiver de ser, que seja eternamente agora. Ou talvez jamais será, porque as águas do rio tempo não voltam – e ainda que voltassem não nos encontrariam, pois não seríamos mais os mesmos.
Tudo flui, tudo passa e como as águas se transformam em rios e vão encontrar o mar, assim nos transformamos quando vamos de encontro as novas águas do tempo.

O avesso dos ponteiros nos mostra que a vida é breve... Desistir é o avesso de seguir em frente, de caminhar ainda que a estrada seja longa.
A vida é um caminho de curvas sinuosas e estradas livres, mas de tão imensamente proporcional ao meu tamanho, cabe em minha mão toda a dimensão da vida...
Cabe em minhas mãos porque me faço grande, sou do tamanho que me enxergo por entre as estradas sa vida. Sou do tamanho dos meus sonhos.

Os sonhos me fazem ter asas para a imensidão que desejo voar. Sobre as asas do tempo vai se embora a dor, a tristeza e as feridas. E ao soprar dos ventos nas asas do tempo seinto a brisa leve do novo, das possibilidades e do espaço infinito a minha frente, porque a esperança tem asas e faz a minha alma voar, buscar sonhos perdidos que eu não esperava mais achar.

E quando tudo parecer frio e deserto fugirei para um abrigo quente e seguro, onde só eu poderia me levar. Levo-me ao meu coração, pois lá habita a minha essência, as águas cristalinas,onde planejo as navegações por mares onde desejo navegar, passeio por estradas onde meus sonhos insistem em andar e vôo por céus onde busco a paz e a mim mesma eu posso encontrar.

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