quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CHOVE LÁ FORA E AQUI UM SILÊNCIO VAZIO...




Chove lá fora e o mundo aqui dentro é só meu...
Tranco as portas e observo;
Pingos constantes na vidraça.
Chove lá fora e em mim o resto é só silêncio
Eu reviro lembranças e papéis antigos
Recordo-me das muitas águas que passaram...

Chove lá fora e chove também dentro de mim
Eu tenho os olhos carregados como as nuvens;
Os pingos em mim, me impede de compor meus versos
A chuva lá fora espelha a chuva que há por dentro

O silêncio vazio que havia aqui...
Fora interrompido pelo barulho da chuva.
Enquanto olho a vida
 passando pela janela;
Observo-me escorrer com as águas...

Chove lá fora...
O vento que veio trazendo a chuva é suave e frio
Ele move delicadamente as folhas das árvores.
As folhas parecem chorar...
Mas sentem-se aliviadas por sentir o toque das águas.

Nos papéis e lembranças que vasculhei
Enlevei-me no som das gotas que batem na janela
Elas parecem bater desesperadas para entrar
Querem ocupar um lugar que lhes pertence
Sem perceber, eu notei... eu sou a chuva!

Sou eu quem quer entrar...
Ocupar dentro de mim um espaço;
Que as muitas águas que passaram
Eu deixei levar...

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