Chove
lá fora e o mundo aqui dentro é só meu...
Tranco
as portas e observo;
Pingos
constantes na vidraça.
Chove
lá fora e em mim o resto é só silêncio
Eu
reviro lembranças e papéis antigos
Recordo-me
das muitas águas que passaram...
Chove
lá fora e chove também dentro de mim
Eu
tenho os olhos carregados como as nuvens;
Os
pingos em mim, me impede de compor meus versos
A
chuva lá fora espelha a chuva que há por dentro
O
silêncio vazio que havia aqui...
Fora
interrompido pelo barulho da chuva.
Enquanto
olho a vida
passando pela janela;
Observo-me
escorrer com as águas...
Chove
lá fora...
O
vento que veio trazendo a chuva é suave e frio
Ele
move delicadamente as folhas das árvores.
As
folhas parecem chorar...
Mas
sentem-se aliviadas por sentir o toque das águas.
Nos
papéis e lembranças que vasculhei
Enlevei-me
no som das gotas que batem na janela
Elas
parecem bater desesperadas para entrar
Querem ocupar um lugar que lhes pertence
Sem
perceber, eu notei... eu sou a chuva!
Sou eu quem quer entrar...
Ocupar
dentro de mim um espaço;
Que
as muitas águas que passaram
Eu
deixei levar...
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