terça-feira, 9 de novembro de 2010

ESTRANHOS CONTORNOS


Tantas vezes exaltamos, ou somos exaltados

Tantas vezes humilhamos ou somos humilhados

Tantas vezes nossa importância se dá de acordo com o que fazemos pelos outros,

e menos pelo que somos


Quando olho ao redor, não me vejo por perto

Quando caminho por aí me vejo ao longe

Quando tento me buscar, mais ainda me perco

e distante me encontro


Podem conhecer meu exterior, mas não podem tocar o que está por dentro

Podem me olhar e ainda assim não me enxergar

Podem conhecer de mim somente o que deixo transparecer

e ainda assim é tão pouco


Caminho por entre pessoas que dividem seus sonhos comigo, no entanto, meus sonhos são apenas meus

Caminho por entre linhas mal traçadas que dão de encontro a lugar algum

Caminho por entre idéias distantes tentando encontrar o sentido das coisas


Estranhos contornos a obscurecer a confluência de todo o meu ser

Procuro sentido nas entrelinhas de um cotidiano sem objetividade


O que sentí, o que conhecí nunca brilhou através do que mostrei

Nunca ser, nunca enxergar, nunca enxergarei o que poderia ter sido

Tantos planos, tantos sonhos irrealizados

Nunca livre, nunca eu...


Perdí no amor para os versos de um estranho

E na loucura das palavras, em idéias confusas busco o meu sentido

Porém sem alcançar e sem se quer enxergar

Continuo buscando...

Um comentário:

  1. Parabéns, não sabia que escrevia poemas! Deus abençoe mais esse dom e talento!

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