Tantas vezes exaltamos, ou somos exaltados
Tantas vezes humilhamos ou somos humilhados
Tantas vezes nossa importância se dá de acordo com o que fazemos pelos outros,
e menos pelo que somos
Quando olho ao redor, não me vejo por perto
Quando caminho por aí me vejo ao longe
Quando tento me buscar, mais ainda me perco
e distante me encontro
Podem conhecer meu exterior, mas não podem tocar o que está por dentro
Podem me olhar e ainda assim não me enxergar
Podem conhecer de mim somente o que deixo transparecer
e ainda assim é tão pouco
Caminho por entre pessoas que dividem seus sonhos comigo, no entanto, meus sonhos são apenas meus
Caminho por entre linhas mal traçadas que dão de encontro a lugar algum
Caminho por entre idéias distantes tentando encontrar o sentido das coisas
Estranhos contornos a obscurecer a confluência de todo o meu ser
Procuro sentido nas entrelinhas de um cotidiano sem objetividade
O que sentí, o que conhecí nunca brilhou através do que mostrei
Nunca ser, nunca enxergar, nunca enxergarei o que poderia ter sido
Tantos planos, tantos sonhos irrealizados
Nunca livre, nunca eu...
Perdí no amor para os versos de um estranho
E na loucura das palavras, em idéias confusas busco o meu sentido
Porém sem alcançar e sem se quer enxergar
Continuo buscando...
Parabéns, não sabia que escrevia poemas! Deus abençoe mais esse dom e talento!
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