O simples, muitas vezes, é o resultado de um processo de depuração, de eliminação do excesso, de redução ao essencial. Mas, para alcançar essa pureza, é necessário um olhar aguçado, uma compreensão profunda do que realmente importa.
O simples é uma linguagem sutil, que comunica mais pelo que não diz do que pelo que expressa.
No traço leve de um pincel, desenho um universo inteiro,
No silêncio que acalma o mar, as ondas profundas dançam caladas.
A complexidade do simples é um paradoxo fascinante, na aparente simplicidade reside uma intricada teia de significados, nuances e intenções.
Contemplo a complexidade que há no simples.
A perspectiva que se vê, é o que define o tamanho que você dá as coisas.
As vezes, é preciso passar por experiências complexas para aprender a valorizar o essencial.
Aprendi a contemplar o medo e abraçar a dor, eles são menores quando você os encara
Cada folha que cai ao chão guarda um segredo na queda.
Um simples gesto que se entende é um mundo a se revelar
Na gota d'água que cai do céu, vê-se a grandeza do temporal.
Não nego a minha escuridão, por que ela me faz reconhecer a luz.
Ao reconhecer essa dualidade aprendo a domar meu interior
Não posso ser humana sem minhas sombras.
Quero ser revestida pela intensidade extrema dos meus sentimentos, na dualidade entre o amor e a razão.
Vivo num paradoxo constante.
Em uma obra de arte minimalista, onde cada linha, cada cor, cada espaço vazio é carregado de intenções.
O simples não é a ausência de complexidade, mas sim sua sublimação.
É o ponto em que o complicado se resolve, onde o excesso é transformado em clareza.
É a essência, depurada, pronta para ser apreciada em sua forma mais cristalina.
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